Fanzine: Fan (de fanatic + zine (de magazine). Uma forma artesanal de fazer as publicações impressas.
Possivelmente teve a sua origem na década de 60 do séc. passado, ou antes. Era confeccionado através de mimeógrafo, e mais tarde, com o recurso de fotocópias. E usado como uma forma alternativa e acessível de publicação. Seja como pequenos jornais, poemas impressos, livretos, panfletagens ou muitas vezes como revistas de histórias em quadrinhos.
Geralmente o acabamento não era lá grande coisa: Sob improvisações, eram feitos no formato ofício ou A4 (21 a 29,7 cm); ou metade desse, dobrando as folhas e grampeando-as de lado. Mas tinham alguns que foram bem feitos.
SEBOS DA GRANDE SÃO PAULO: No Brasil, chamam os alfarrábios de sebos, devido à história envolvida no passado, aonde os estudantes pobres tinham de comprar os livros usados mas ensebados. Isto porque naquela época as velas eram feitas de sebos (não havia a eletricidade).
O fanzine continha uma lista de mais de 200 endereços de alfarrábios da cidade de São Paulo, e com a qualidade que seja próxima ou igual a de uma revista impressa. Para baratear o custo de produção, limitei a trabalhar com as cores em preto e branco. E a compensação se fez no tipo de papel utilizado para as capas. Que podia ser do tipo Marrakech (em cima), papel pergaminho (ao lado), ou com textura prateada (embaixo). Inicialmente o miolo (o texto) era feito à base de fotocópias e montadas. Mais tarde, devido à demanda, optei pela saída digital em uma gráfica.
Nanquim s/papel.
Nanquim s/ papel.
Edições impressas
Os livretos eram confeccionados nos formatos de 15 x 10 cm. E o conteúdo, através de um processador de texto. Em seguida, fotocopiados e montados.
Estes primeiros exemplares eram os experimentais, razão porque a confecção da capa foi de maneira mais improvisada, além de ser feita na base de fotocópias. Em seguida, montado, dobrado e grampeado. O formato se deveu à limitação do grampeador, que só podia alcançar no máximo 10 cm.
A grande vantagem nesse tipo de fanzine é que ele pode caber no bolso de uma calça ou de uma camisa. Ou ainda dentro de uma agenda do tipo Redfax (aquela de ferragens). Ou entre as páginas de um livro (nada recomendável). É que a publicação tem no máximo 32 páginas. Imagine toda a lista de sebos da Grande São Paulo dentro desse espaço.