Redescobri a cidade de Lisboa, depois de um longo período da minha vida no Brasil!

A cidade é cheia de relíquias a céu aberto. Um verdadeiro espaço museológico. Desde então, decidi registrá-la em várias expressões e técnicas artísticas. Mas ao invés de fazer os esboços (sketches) diretamente no local, decidi recorrer às minhas câmeras fotográficas. Pois, com elas posso captar os pequenos detalhes em pouco tempo. Se fosse fazer os esboços, iria demorar bastante, e com isso, perderia várias ocasiões do meu percurso. Pois, o dia tem 24 horas.

O meu primeiro registro do país foi quando hospedei em um hostel (AirBNB) que ficava no Largo São Domingo, em um prédio pombalino (do século XVIII). E da vista da janela do meu quarto, nos primeiros dias, fiz vários ensaios fotográficos, o que acabou resumindo na gravura abaixo:

Pça. D. Pedro IV visto da janela do meu quarto, no 2º andar do AirBNB em Outubro de 2017 (D. Pedro IV de Portugal é o D. Pedro I do Brasil).

NOTAS:

• AS CORES E AS TEXTURAS DAS IMAGENS NÃO CORRESPONDEM COM OS ORIGINAIS (Ainda não consegui acertar a palheta de cores do scanner com a do monitor e da impressora).
• PARA VER AS IMAGENS COM MAIS DETALHES: Clique nas imagens com o botão esquerdo, para vê-las em uma aba separada do navegador.
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• PARA MOVER LATERALMENTE A IMAGEM: SHIFT + o botão rolável do mouse.

Eu tinha feito outras imagens, à noite, no mesmo dia em que cheguei em Portugal. Isto é, tinha chegado durante o dia, e fiquei meio perdido a tentar localizar a dona do hostel para pegar a chave do meu quarto. Felizmente um indiano, que trabalha em uma mercearia no térreo do edifício tinha guardado a chave. Mas por um momento tive a desagradável sensação de que fui enganado, roubado etc., logo no primeiro dia em Portugal. Á noite então, descobri o MacDonald local, e que é bem diferente do Brasil. Mas o meu primeiro jantar foi com o frango assado do supermercado Pingo Doce, e que se encontrava nas redondezas da zona do baixo Chiado.

Nos próximos dias então, pude explorar os locais da cidade, e com vários ensaios fotográficos.

Vista ao norte, a partir da Rua dos Fanqueiros

Elevador de Santa Justa a partir da Rua Nova do Almada

Essas três artes acima são na verdade as minhas primeiras experiências em gravuras digitais: As artes foram feitas com bico-de-pena (tinta china), mas através de uma caneta técnica do tipo Faber Castell TG. Em seguida, elas foram digitalizadas (escaneadas) para servirem de matrizes. E fiz três impressões de cada uma delas, e que foram ao todo colorizadas com tinta aquarela (aguarela) da marca Cotman. As impressões foram feitas através da Epson com as tintas pigmentadas do tipo Durabrite. Este tipo de tinta, segundo um catálogo que disponho, resiste ao desbotamento por mais de 100 anos. E os próprios pigmentos da aquarela tem essa durabilidade. O tamanho de cada prancha é de 14,8 x 21,0 cm. Não me lembro exatamente porque fiz as marcas de cortes em cada arte. Talvez para recortá-las e colá-las em outro tipo de suporte. Mas acabei desistindo da idéia.

Depois dessa pequena experiência, ocupei um bom tempo em outras atividades e projetos, de modo que somente voltei a fazer esse tipo de gravura, nesse ano de 2022. Mas agora em um tamanho maior:

Alfama, vista através do Largo da Academia Nacional de Belas Artes, em 11 de Outubro de 2017.

Praça Dom Pedro IV em 06 de Junho de 2018, Lisboa.

O mesmo parque D. Pedro IV, mas agora visto do chão e quase um ano depois da primeira imagem. Nesse tempo voltei para o Brasil, para desfazer-me dos bens e dos compromissos, decidido a morar em Portugal.

Certificado de autenticidade

Graças a um vídeo de Paulo Varejão e de outros artigos, fiquei sabendo da importância desse certificado, como uma forma de reforçar a autenticidade de uma obra, como também a de comprovar a autoria do seu criador. Se bem que esse certificado pode ser falsificado. Então, através de algumas pesquisas, conclui um meio eficaz de garantir os direitos autorais, além de comprovar a autenticidade de uma obra: O recurso do Certificado Digital através do Cartão de Cidadão (espécie de carteira de identidade ou RG). E para provar a autenticidade, usei o recurso do carimbo temporal emitido pelo Estado. Logo, o primeiro passo foi criar o meu próprio certificado de autenticidade.

O Certificado Digital é gerado a partir de um arquivo em PDF, e de programas baixados no site do órgão governamental. Na verdade são dois: O plugin em Java. E um programa executável que roda em Windows. Cria-se um novo certificado, em PDF, mas com a assinatura digital, que consiste em um hash criptográfico. É importante colocar o carimbo temporal ao gerá-lo. Esse carimbo consiste na data e na hora, de acordo com a cronometragem provinda do governo, e não do teu computador. Portanto, em princípio, é a prova de fraude.

Para verificar o certificado, é preciso usar o Adobe Reader, que é de graça. E abrir o arquivo com ele. Clica-se então com o botão direito do mouse (rato) sobre o selo do certifiicado (a parte em que está escrito “Assinado por...” e aparece o logotipo azul institucional do governo). Em seguida, clique no “Mostrar propriedades da assinatura...”. Deve existir outros recursos para verificar a autenticidade do certificado, mas ainda não conheço.

No meu caso...
O Certficado de Autenticidade que criei consiste na verdade de duas páginas. Isto é, trata-se de um certificado digital. E na segunda página contém certas informações confidenciais, e que comprovam a autenticidade da obra, evitando assim possíveis plágios e falsificações.

Minha primeira venda em uma galeria de Lisboa

Era um final de tarde do dia 9 de Dezembro, quando fui a uma galeria que fica na Rua do Alecrim. Depois de algumas conversas e interrupções, por causa do movimento dos clientes no local, foram vendidas as minhas gravuras. E agora não tenho mais elas, e não serão mais produzidas. Pois, tratam-se de tiragens limitadas e numeradas. Foram ao todos, 14 gravuras, uma vez que algumas dei de presentes para certas pessoas próximas de mim.