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Por detrás dos coletivos da cidade de São Paulo 01
São Paulo, 4 de janeiro de 2010. segunda.
Revisão feita em 08 de junho de 2013, sábado. 

Hoje eu confirmei o aumento da passagem de ônibus para R$ 2,70, tal como prometeu o nosso prefeito Kassab. E parece que vai ter ainda um segundo aumento em breve. Lembrei-me então, das inúmeras fotos que fiz faz um bom tempo, mostrando as irregularidades encontradas. Comecei a fotografá-las desde o tempo em que eu mesmo revelava e ampliava as fotos em preto e branco. Infelizmente ainda não pus em ordem as milhares de fotos em película que fiz, e que demandaria um tempo.

Porém, apresento logo abaixo, uma exposição selecionada, desde 2006 até poucos dias atrás, mostrando o risco que corremos, ao usarmos os coletivos na cidade de São Paulo. Isso sem contar o projeto mal-feito de certos modelos de ônibus, onde mostra como seus usuários foram deixados para o segundo plano.


Rebarbas cortantes no parafuso - Repare o filete de metal, no
lado esquerdo do parafuso. É muito comum acontecer esse tipo de coisa.
Uma colega sofreu um acidente num caso desses.


Parafusos que rasgam a pele - Evidentemente que ninguém seria o
louco de colocar a mão neles. Mas em situações de superlotação do
coletivo, em que as pessoas têm a pressa de ocupar o seu devido lugar
(de pé, é claro), ou de descer, pode ocorrer de alguém ter a infeliz
experiência de passar a mão nesses parafusos. Ou pior: Imagine
se um aidético tivesse cortado a mão nesses parafusos, deixando
um pouco do seu sangue. Em seguida, uma segunda vítima, mas saudável,
cometeu o mesmo deslize... Sabemos que o vírus da AIDs sobrevive pouco
tempo fora do organismo contaminado. Mas seria muito difícil de acreditar
(eu diria impossível) que nunca tenha ocorrido uma contaminação.



Poucos centímetros para segurar uma barra - Note que no lugar do parafuso,
não deve ter mais de 2,5 cm. Ou seja, basta uma pancada ou brecada brusca do
veículo para soltá-la. Pode até ter sido um vandalismo. Mas eu não acredito.

Onde está o assento da passageira? Se ao lado dela tem um assento, por que ela não tem?

Literalmente sobre a roda - Mais uma das jóias da arquitetura dos interiores dos
coletivos, ou do nosso design industrial. Sob o pretexto de abaixar o piso, para
facilitar a subida dos passageiros (idosos e deficientes físicos principalmente), na
verdade os excluem do direito de acomodar-se decentemente. Uma surpreendente contradição.


Raros momentos em que o ônibus parece vazio. Mesmo assim,
os poucos passageiros não têm aonde sentar corretamente.

Os ônibus da cidade de São Paulo parecem bem conservados, modernos etc. Mas “é para o inglês ver”, e entre outras, para justificar os aumentos das tarifas. Em muitos aspectos, lembra a campanha Cidade Limpa da Prefeitura: Não houve uma mudança de fato relevante e benéfica para a população, mas serviu para promover algo ou para satisfazer algum propósito não revelado (ou tentativa de fazer isso). No caso dos ônibus, todo esse acabamento e modernidade em conforto, tem o propósito de servir como um poder de barganha frente à Prefeitura e outras autoridades. É um discurso entre as empresas de ônibus e as autoridades. A população fica de fora: Não questiona e nem é consultada.

Tanto que tive a oportunidade de presenciar casos insólidos como certos assentos com o cinto de segurança. E todos eles presos nas dobras dos assentos, uma vez que não têm aonde prender lateralmente. Ou seja: Não servem para nada. Infelizmente na ocasião não pude flagrar a imagem. Isso foi um bom tempo atrás. Os cintos serviram para satisfazer certas exigências legais e burocráticas, para que possam ser vendidos os produtos ou prestações de serviços.


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