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Dicas valiosas sobre Bitcoin 01
São Paulo, 13 de abril de 2017, quinta-feira.
Atualizado em 05 de junho de 2017, segunda.


Seja bem-vindo a um novo artigo, e que pode ser interessante para você. Aqui se trata de uma criptomoeda chamada de Bitcoin. Já publiquei um outro artigo, expondo uma lista de referências para qualquer interessado em aprofundar sobre essa interessante moeda. Aqui vou expor mais os detalhes, e de como você pode investir e lucrar com ela.

Primeiramente, Bitcoin é uma moeda virtual, criada em 2009 por Satoshi Nakamoto. Esta moeda porém, já estava sendo gestada em 2008. E quando foi lançada, teve pouca repercursão, e não valia quase nada. Foi quando a partir de 2012 ou 2013 é que começou uma tímida reação, e que resultou em uma explosão no valor da moeda, passando de poucos centavos para mais de mil dólares americanos.

Satoshi Nakamoto na verdade é um pseudônimo: Em 2016 ele decide identificar-se. Trata-se do empresário australiano de nome Craig Wright. E prova ao apresentar o primeiro bloco de dados, o bloco gênesis, dentro de uma estrutura a qual se sustenta o Bitcoin. Vou explicar o que se trata.


Como funciona a Bitcoin

A Bitcoin é uma criptomoeda. Pois, trabalha com duas chaves (uma seqüência alfanumérica): A chave pública, aonde você realiza as transações comerciais. E a chave privada, com o qual você saca todo o seu dinheiro. Esta última é criptografada, e não deve ser mostrada para ninguém. Se alguém dispor da chave privada da tua moeda, ele poderá sacar todo o seu valor, não importa aonde esteja. Pode estar, por exemplo, no meio do Oceano Pacífico, e transferir todo o teu valor para a conta dele.

Todas as movimentações da criptomoeda estão registradas no Blockchain, um banco de dados compartilhado, constituido de blocos, e que são gerados a cada 10 minutos (no momento). Todas as transações comerciais do mundo Bitcoin são registradas nesses blocos. De modo que torna-se impossível de fraudar as informações. Além disso, as transações são em tese anônimas: Não dá para saber quem comprou e nem quem vendeu as moedas. O Blockchain é na verdade, um tipo de livro caixa ou livro razão. E ele está em toda a Internet, através das Mineradoras.

As Mineradoras são datacenteres espalhadas no mundo todo, com os seus computadores de última geração, a processar o Blockchain e de produzir os bitcoins. Cada transação comercial feita no mundo, é registrada no Blockchain. Além disso, problemas matemáticos, sob a forma de algoritmos são processados pelas mineradoras. E quando são resolvidos, as mineradoras ganham (criam) a sua cota de bitcoins. É assim que a moeda é produzida. A finalidade é simular a mineração de ouro, por exemplo.

Para entender o porquê de todo esse processo, seria interessante estudar sobre a origem da moeda em geral, desde a Antigüidade... Basicamente ela teria de basear-se em algo raro e difícil de obter. O ouro por exemplo. E por ser raro é caro, permitindo assim, servir-se de referêcia como moeda de troca. Assim o Bitcoin teria de ser obtido mediante uma dificuldade a ser resolvida. E nada melhor do que um problema matemático, sob a forma de algoritmo.

No começo, qualquer um poderia minerar os bitcoins: Bastava um computador pessoal com bom processamento de dados, e uma placa de vídeo, daqueles usados em games. Mas com o passar do tempo isso tornou-se quase impossível: Atualmente os problemas matemáticos a serem resolvidos aumentaram-se grandemente em grau de dificuldades, exigindo um processamento maior. E surgiram os datacenteres a processar essa criptomoeda, além de outras que vieram depois. E elas usam os processadores de última geração, como os Asics. Vai tentar adquirir uma máquina dessa para ver se consegue minerar os bitcoins. Você precisaria na verdade de várias. Pois, um datacenter geralmente tem dezenas ou centenas delas, a consumir enorme quantidade de eletricidade.

Para que tenha uma idéia, no Brasil, tem uma empresa que minera os bitcoins: A CoinBR. Mas a mineradora fica no Paraguai, justamente porque a eletricidade é barata lá. A mesma energia vinda do Itaipú, e que alimenta o Sudeste do Brasil, é mais barata lá no Paraguai. Além disso, existe uma acirrada competição entre as mineradoras. E as quatro maiores mineradoras do mundo fica na China.


Características interessantes do Bitcoin

Basicamente a moeda é constituida de duas chaves, e é sustentada através do Blockchain. Ela necessida da Internet, sem a qual a moeda não subsiste. Portanto, para destruí-la, teria de destruir toda a Internet. Mas as características interessantes dela são:

  1. Por estar baseada na Internet, a moeda não depende de nenhum banco, e o governo não pode controlá-la. Pois, é uma moeda diferente da nossa (o Real), do dólar, libra, euro etc. Todas essas moedas estão sujeitos aos seus governos, através do Banco Central. E como tais, seus valores são definidos pelo governo. A Bitcoin não: Ela não depende de nenhum banco, e o seu valor é definido pelo humor do mercado. Isto é, da oferta e da demanda. Por causa disso, a moeda é altamente volátil, constituindo um risco para o investimento. Mesmo assim, a tendência dela é de valorizar-se. Razão porque em 2016 ela atingiu a cota de aproximadamente 100% de juros. Ou seja, cerca de 8,33% de juros por mês. Nenhuma aplicação financeira oferece essa taxa de juros. Arrependi-me de não ter comprado mais.... Porém, em meados de fevereiro ou março de 2017 o Bitcoin caiu de valor.
  2. Como não depende de nenhum banco, você guarda os bitcoins no smartphone, computador pessoal, ou nos paper wallets (carteiras de papel). Isto é, como se trata de duas chaves apenas, você a registra em um pedaço de papel. No caso de smartphones e computador pessoal, existem as carteiras virtuais e eletrônicas. As vantagens delas é que permitem transferências de valor através do uso de QR code, o que tornam-as bastante práticas. Além disso, elas podem ler os dados dos paper wallets, consultando seus valores e sacá-los. A grande desvantagem é que dispositivos eletrônicos podem dar defeitos, falhar. Nesse caso, convém fazer os backups (cópias de segurança) dos teus bitcoins. No caso dos paper wallets, a grande vantagem é que ficam fora da Rede. Então, nenhum hacker pode pegar o teu dinheiro. Mas tem desvantagens: As chaves privadas tornam-se visíveis, de modo que se essas carteiras cairem aos olhos inconvenientes, você corre o sério risco de perder todo o seu dinheiro. E as carteiras de papéis podem deteriorar-se também. Você pode também guardá-las nas Exchanges (corretoras). Mas aí o risco é grande de perder o seu dinheiro, caso o site for hackeado, o que acontece algumas vezes. Isto se não houver a má intenção da corretora em roubar você. A única vantagem de guardar os bitcoins nelas é quando você está comprando e vendendo-as, como um trader a executar as ordens de compras e de vendas (espécie de bolsa de valores). Nesse caso, você está investindo, como se fosse em commodities ou ações de empresas.
  3. Transferências rápidas de um lugar para o outro do mundo: Por tratar-se de uma criptomoeda, e que trabalha com duas chaves, torna-se fácil transportá-la por aí, viajar com ela, e, ao chegar no país de destino, converter esse dinheiro em moeda local. Praticamente não se paga impostos, nem o IOF (no Brasil é o Imposto sobre Operações Financeiras). E o incrível é que isto não é ilegal, justamente porque a moeda não está exatamente no país, e sim, na Internet. É muito difícil saber (se não impossível) aonde ela foi de fato produzida, e de onde veio a moeda que você comprou. Mesmo que pudesse rastrear a origem da moeda, é impensável praticar tal ação, frente a incontáveis transações feitas a cada momento no mundo todo. Como se vê, é uma outra realidade e mudança de paradigma, no tocante a forma como a moeda e os valores são tratados.
  4. Governo nenhum no mundo pode bloquear o Bitcoin e o seu processo de transações financeiras. Da mesma forma ninguém conseguiu evitar que o advento do E-mail atingisse fatalmente os correios. Ou o advento do Urber, que provocou convulsões e manifestações (agressivas até) entre os taxistas e os inovadores tecnológicos. Para acabar com o Bitcoin teria de destruir a Internet que a sustenta. Quem sabe, uma 3ª Guerra Mundial. Talvez nem isso.
  5. É uma moeda defracionária: Ao atingir a casa de 21 milhões de bitcoins, pára de produzir essa moeda no mundo todo. Isto é, as mineradoras não poderão produzir mais os bitcoins. Com isso, a moeda não pode alimentar a infração. Parece pouco, mas os 21 milhões é mais do que suficiente: A moeda tem 8 casas decimais. Isto é, o menor valor do bitcoin é de 0,00000001 BTC. BTC significa Bitcoin, assim como BRL significa Real; USD, dólar americano etc. Dificilmente você compra 1 BTC. Eu mesmo até agora nunca fiz isso. Geralmente compra apenas frações.
  6. A prova de confisco: Esta é a grande vantagem do Bitcoin. Quando ocorre as crises sócio-econômicas, a primeira coisa a ser afetada é o dinheiro. E todo mundo corre para sacá-lo dos bancos. Ocorre que os bancos não têm todo esse dinheiro que vemos nas caixas eletrônicos ou outros meios. Então, se todo mundo for sacar o dinheiro, o que acontece? Os bancos fecham as portas. E possivelmente dão o calote coletivo. É triste, mas é a realidade. Por que o Bitcoin subiu cerca de 100% de juros em 2016? Por causa das crises: A Venezuela teve uma hiperinfração estimada de 700%, e o Bolívar, moeda do país, despencou-se de valor. Os venezuelanos tentaram salvar a pouca economia que tem, comprando os bitcoins. Da mesma forma aconteceu na Grécia pouco tempo atrás. Outro problema ocorreu na Índia, quando o governo decidiu declarar que as notas de 100 Rupias ou mais deixaram de valer. Os indianos ficaram desesperados, porque a maioria absoluta não têm conta nos bancos (por serem pobres, parece), e guardam seus dinheiros em casa. Justamente as notas de 100 rupias. Mas o absurdo é que na Índia o acesso à Internet é facilitada. Então, eles recorreram a esse recurso para comprar os bitcoins. Além disso, a China é a grande compradora de bitcoins. Ou seja: O Bitcoin se valoriza com as crises.


Como adquirir os bitcoins

Tem três formas conhecidas de fazer isso:

  1. Através de mineração. Mas como disse antes, aí você teria de ser muito rico e capaz de investir e arriscar nesse empreendimento.
  2. Através de exchanges (corretoras). No Brasil tem várias delas: Foxbit, CoinBR (além de mineradora também é uma corretora), Mercado Bitcoin, Bitcoin to You, Flow BTC etc. Veja a lista de corretoras em Portal Bitcoin & criptomoedas.
  3. Diretamente com alguém, através de transações comerciais (prestações de serviços, compra ou venda de produtos), ou simplesmente a compra de moedas, através de empresas ou sites especializados, como o Local Bitcoin. Mas no caso de compra de moedas, tome o cuidado para não sofrer calotes.


Como usar o Bitcoin, ou sacar o dinheiro

Poucas empresas adotaram o Bitcoin como moeda alternativa. Isto porque ela é recente (foi criada em 2009), e leva um tempo para ampla aceitação. Então, existem três alternativas para usá-las:

  1. Através das próprias exchanges (corretoras): Você compra a moeda local do país com os seus bitcoins, e faz uma transferência do valor para o teu banco. Nesse caso, você precisa ter uma conta bancária evidentemente.
  2. Através de cartões de créditos pré-pagos e internacionais: Na verdade são cartões de débitos, e que trabalham com bandeiras Visa ou Mastercard (pelo o que eu sei, apenas essas duas). Existem as carteiras que recebem o depósito em bitcoins: AdvCash, Xapo, Circle, Wirex etc. Mas outras não. Você adota uma das moedas a ser trabalhada: USD (Dólar americano), EUR (Euro) ou GBP (Libra esterlina). E quando for usá-lo, será na moeda em que escolheu.
  3. Uso direto mesmo: Afinal o Bitcoin é uma moeda. E nada melhor do que usá-la como tal. No mínimo você estará se preparando para um possível crise socio-econômica. E na pior das hipóteses, caso se arrependam do negócio, simplesmente troque os bitcoins pela moeda convencional. O problema é que no momento são poucas as lojas físicas que aceitam os bitcoins. É mais fácil você encontrar na Internet as lojas virtuais que as aceitam.


A importância de usar o Bitcoin

Esta talvez seja a observação questionável, por tratar-se de uma opinião pessoal. Mas gostaria que você considere isso:

Como meio de investimento alternativo
Os investimentos bancários estão nas mãos de terceiros (das instituições), e dependem do governo. Se ocorrerem problemas econômicos, crises políticas e até certos caprichos jurídicos e burocráticos, você corre o risco de perder o dinheiro. Principalmente em um país aonde a corrupção e a incompetência é endêmica (estou falando do Brasil). Se você não confia no governo, ou não confia suficientemente, é bom pensar nessa alternativa.

Como meio de sobrevivência
Em caso de uma crise brava, com hiperinfração, desemprego galopante etc., aonde o sociedade pode atingir o estado de anomia, a moeda local praticamente não vale mais nada. Nesse caso, a maneira mais básica de sobrevivência, quando dependemos de terceiros, é através de escambo: Troca de bens e de serviços. O que pode ser complicado. A Venezuela, nesse março-abril de 2017, está usando o escambo como forma de sobrevivência. O Bitcoin, por ser uma moeda independente do governo, fica fora das crises, e pode ser uma boa opção. Pense bem nisso.

Como forma de alcançar a liberdade
Se você tiver uma boa soma em Bitcoin, além de saúde e conhecer uma ou mais língua estrangeira, estará livre para ir aonde puder, e fugir de possíveis crises financeiras, sociais, políticas etc. Além disso, você poderá montar a tua renda passiva (aposentadoria por exemplo): Se a moeda mantiver uma projeção de aumento a médio e longo prazo, e você tiver a quantidade suficiente, penso que poderá garantir a tua aposentadoria (ou segunda aposentadoria).

Como meio de ganhar dinheiro na Internet
Não há a menor dúvida que o Bitcoin é a melhor forma de receber dinheiro de qualquer parte do mundo, seja sob a forma de doações, prestações de serviços ou venda de qualquer produto. Pois, a criptomoeda não conhece fronteiras: Em poucos minutos você recebe a moeda enviada por alguém, em algum lugar do mundo.


Primeiros passos para usar o Bitcoin

Aqui começa a parte bastante interessante, para entrar no mundo Bitcoin. E você vai perceber que é mais fácil do que imagina. Porém, deve entender de que o conhecimento a ser adquirido é importante, e somente possível quando for colocar as mãos na massa. Isto é, somente ao mexer com o objeto de estudo é que você acabará familiarizando-se com ele, e aprendendo muito acerca do seu uso. Então, te convido a dar esses primeiros passos.

Adquira uma carteira virtual Bitcoin no teu smartphone ou no computador
Essencialmente você precisa estar conectado à Internet. Logo, ter um computador ou um smartphone é importante. Não vale a pena um simples celular. Pois, por vários motivos você vai precisar de recursos tecnológicos e sofisticados, e que permitam gerenciar, ler os dados e movimentar os valores da criptomoeda.

Uma página interessante para começar é “Escolha sua carteira bitcoin”. O link é este:
https://bitcoin.org/pt_BR/escolha-sua-carteira





Você simplesmente escolhe a plataforma em que pretende trabalhar: Windows, Linux, Apple... Ou dispositivos independentes. No caso do Android, o que eu uso, a minha recomendação é o Bitcoin Wallet, que apresenta um simples logotipo laranja da Bitcoin. O seu arquivo no Google Store é... Bitcoin-de.schildbach.wallet-236-v4.46.apk, e ocupa cerca de 2,55 MB. Suas características interessantes:
  • Simples de usar, requerendo apenas uma senha de 4 dígitos, caso pretenda aplicá-la.
  • Tem o recurso de leitura de QR code. Tanto para enviar os bitcoins, como para recebê-los.
  • Apresenta uma lista de transações feitas ao longo do seu uso.
  • Permite consultar e sacar os valores provenientes dos paper wallets (carteira de papel... explicação mais adiante).
  • Pode enviar os backups para um E-mail da tua escolha. Para tanto, você precisa de duas contas de E-mails: Uma para enviar o arquivo backup, e a outra para recebê-lo. E no processo, você deve criar uma senha de segurança.
  • Apresenta um recurso simples de ajuda.
  • Ferramenta muito útil para consultar e transferir os valores de uma carteira para a outra.
  • Quando você recebe os bitcoins, ouve-se o som de moedas caindo no teu “cofrinho”.


Abra uma conta na Foxbit...
Não estou ganhando nada para fazer essa propaganda. E você pode abrir uma conta em qualquer corretora. Porém, indiquei esta porque foi nela que comecei a aprender a usar o Bitcoin. E justamente porque quando você abre uma conta, já ganha um bônus... Parece que é de R$ 10 reais. Não me pergunte como eles conseguem esse bônus, e qual é a estratégia deles. Não sei. A outra vantagem é que eles não cobram uma taxa para depositar o dinheiro em reais e comprar os bitcoins. O endereço da Foxbit é este: http://www.foxbit.com.br/
Evidentemente que eles vão pedir para fazer a verificação da tua conta. Isto é, que você envie uma cópia em foto dos teus documentos pessoais: RG, carteira de motorista ou passaporte; e um comprovante de endereço. Isto é perfeitamente normal, e é feito em praticamente qualquer corretora ou prestações de serviços que mexem com as criptomoedas. Tanto no Brasil como lá fora. É para evitar problemas como lavagem de dinheiro, crime organizado etc.



Assim que adquiriu os bitcoins, tire-os da corretora. A própria empresa Foxbit recomenda que faça isso. Pois, sempre existe o risco de um site ser hackeado, por menor que seja. E no caso de uma corretora (tal como pode acontecer em um banco), você pode perder todo o dinheiro em bitcoins. Para tanto, use a carteira virtual que você instalou no seu smartphone. Primeiro...


Comece a brincar com os bitcoins
Caso você recebeu os R$ 10,00 de bônus, transfira uns R$ 5 da tua corretora para a tua carteira. Vai ver que é fácil. Com o tempo, vai perceber que essa quantia é pouco, e vai comprar alguns valores a mais. Algo como R$ 50,00. Pronto, você já está entrando no mundo Bitcoin. Mais adiante te explico como fazer essa transferência.


Novas carteiras e o cartão pré-pago
Caso tenha gostado da experiência, e resolveu investir nela, você pode até arriscar em ser um trader, como nas bolsas de valores, e comprar e vender os bitcoins, trocando com as outras moedas. Você pode ganhar dinheiro e viver disso. Mas também pode perder, e muito. Já passei por essa experiência, e ela é muito arriscada. Na época, para acompanhar a cotação do Bitcoin, dólar e real, usei um aplicativo bastante interessante: O Bitcoin Ticker Widget, que é baixado do Google Store:

Ele apresenta a cotação do Bitcoin em várias Exchanges (corretoras), tanto as estrangeiras como as nacionais, e em períodos que vão de 10 minutos até dois anos. Mas o mais interessante é que dispõe de um alarme em que você pode ajustá-lo para tocar, quando o valor da moeda tenha atingido um determinado patamar, seja aumentando ou diminuindo. Eu escolhi como alarme, um sino japonês, daquele usado em templo budista. E muitas vezes, na calada da noite, ouço o sino tocando: Bléim-bém!... Então, levanto da cama, abro o meu notebook, analiso os últimos movimentos, e executo a compra ou a venda da moeda. Com isso, passei várias noites mal-dormidas... Coisa de louco.

Na minha opinião, você não precisa arriscar-se tanto para investir o seu dinheiro virtual. A outra opção, e aparentemente mais segura, é comprar os bitcoins e simplesmente guardá-las. Uma vez que a tendência é de valorizar-se. Nesse caso, convém criar novas carteiras, e depositar os teus bitcoins nelas. E até optar por um cartão pré-pago. Evidentemente que se você se prender às variações da moeda a curto prazo (questões de horas ou dias), vai ficar maluco, e a tendência é de sacar todo o dinheiro... Ou virar um trader. Mas se você tiver paciência (sangue frio) e até noções básicas de estatísticas (ou nem isso), vai mudar de parecer e ficar mais tranqüilo. Basta usar o aplicativo acima, mostrando a projeção do valor da moeda durante dois anos (ou até um ano já basta), para ver que a tendência foi sempre de subir, valorizar. É muito difícil que esta moeda caia de vez. No meu entender, a única forma de derrubá-la é a crise global de confiança. Nesse caso não precisa de uma 3ª Guerra Mundial...


A carteira de papel (paper wallet)
Uma opção segura é criar as carteiras de papel (os paper wallets). E você encontra essa opção em Bitaddress.org. Existe uma outra, mas é arriscado e até suspeita. Razão porque tirei-a da minha lista de opções. E deve ter outros sites que permitem criar as carteiras de papel. Mas esta, que foi indicada, é a mais segura no meu entender.


Gerando as carteiras de papel: Ao movimentar o mouse sobre a tela, cria-se os rastros (pontos verdes),
e que resultará em uma seqüência de caracteres, de onde serão criadas as chaves das carteiras.



Carteiras de papel com fundos gráficos prontos.


Seis carteiras de papel sem fundo gráfico, prontos para serem impressos.

Recomenda-se que copie a página geradora de carteiras para o teu computador, e gerar essas carteiras apenas com o computador desconectado da Internet. A opção mais segura é copiar essa página para um pendrive, aonde rode um sistema operacional Linux diretamente nele. E gerar os paper wallets com o computador sem conexão com a Rede.


Como inserir os bitcoins nessas carteiras?
Através da chave pública (o Address) ou QR-code: Caso você disponha de bitcoins em uma corretora, e pretenda enviá-la para uma carteira de papel, siga as instruções indicadas pela corretora, de como enviar os bitcoins, e insira o endereço (chave pública da carteira de papel) no respectivo campo indicado. Mas se você usa uma carteira virtual no teu smartphone, como a Bitcoin wallet já indicada, clique na opção “Enviar bitcoins” (canto inferior direito do aplicativo)... E siga todo o processo: Você poderá inserir o endereço da carteira de papel, ou clicar na imagem de uma câmera, e que aparece no canto superior direito do aplicativo, para ler o QR code da carteira de papel. Nesse caso, aponte a câmera para o QR code da carteira de papel, e o aplicativo capturará a chave pública desta.


Carteira virtual Bitcoin Wallet, mostrando o valor depositado nela em BTC (Bitcoin) e em BRL (Real).
Como também parte do histórico de operações feitas, e o QR code no canto superior direito.


Como sacar o dinheiro de uma carteira de papel?
Nesse caso, clique no menu do celular, e que se encontra no lado esquerdo do botão físico do aparelho (aquele botão centralizado bem em baixo e no meio do dito cujo).


Escolhendo a opção de varrer uma carteira de papel.


Iniciando o processo de varrer uma carteira de papel.

Vai abrir uma janela da Bitcoin Wallet. Clique então em “Varrer carteira de papel”. Você só tem uma opção, que é aquela imagem da câmera fotográfica, e que aparece no canto superior direito do aplicativo. Mire a câmera do teu celular na chave privada da carteira de papel, e clique nessa câmera. Vai ser lida o QR code da carteira. Em seguida, pede-se a confirmação de que se quer mesmo varrer a carteira. Isto é, sacar todo os bitcoins contidas nela.

Somente é possível sacar todo o dinheiro, não parte dela. Então, se você pretende usar apenas uma parte do dinheiro, insira o restante em uma outra carteira de papel. Não é aconselhável usar a mesma carteira. Isto é, use o próprio Bitcoin Wallet para enviar a quantia que pretenda guardar em uma outra carteira de papel.

IMPORTANTE: Cada processo de transação leva geralmente 10 minutos ou mais para ser concluido. Pode levar até horas. Portanto, não se preocupe se não aparecer os resultados. Isto é, se não aparecer as movimentações feitas, ao consultá-las. Razão porque convém fazer as experiências com poucos valores. Algo em torno de R$ 5,00 ou mais (ou € 2,00 ou mais). Justamente para familiarizar-se com o processo e pegar um pouco a prática e a confiança.


O cartão pré-pago
É uma espécie de cartão de crédito, mas pré-pago. Você deposita o dinheiro nele, e o usa como um cartão de banco qualquer. Apenas não é possível fazer as compras a prestações, razão por tratar-se de um cartão de débito. Como tinha dito antes, existem vários tipos. E geralmente trabalham com as bandeiras Visa ou Mastercard. Logo, é possível fazer as compras com eles, em qualquer lugar do mundo. E até sacar o dinheiro do país. A questão é quanto de taxa você vai pagar para cada tipo de operação. Portanto, convém pesquisar cada cartão, e analisar as taxas imbutidas neles.

Geralmente o pessoal usa o AdvCash, mas vi que esse cartão é na verdade careiro, e até com taxas absurdas. Basta examiná-las por você mesmo. Optei então pelo cartão da Xapo, que mostrou-se mais confiável e com as taxas mais razoáveis. Basicamente esses cartões permitem depositar o valor em Bitcoin, e usá-los com a moeda corrente da tua escolha: Dólar (USD), Euro (EUR), ou Libra esterlina (GBP). Infelizmente não tem a opção em Real (BRL), então, se você for usar esses cartões para fazer as compras em um supermercado, por exemplo, vai ter de pagar uma taxa extra pela conversão de câmbio, da moeda escolhida para o Real. Portanto, esses cartões são mais práticos para quem que pretenda viajar.


Página de entrada da Xapo.com


Ferramenta muito útil para saber o valor de qualquer moeda

Mesmo que você não esteja familiarizado com o Bitcoin, tem um aplicativo muito útil, para saber qual é a cotação de qualquer moeda: O Currency, conhecido como “Conversor de moeda fácil”.
O símbolo é a moeda euro em branco (€) sobre um disco azul. Veja os detalhes abaixo:


O aplicativo vem com um pequeno gráfico de cotação da moeda. Mas ele é um pouco limitado.


Você pode fazer os cálculos com uma das moedas, e ter os resultados em duas.


Possíveis dificuldades em lidar com a Bitcoin

A moeda é estranha no mundo de finanças e de negócios. A maneira de mexer com ela é completamente inovadora. Logo, muita gente desconfia, e argumentos não faltam para criminalizá-las: Lavagem de dinheiro, uso em crime organizado, pedofilia etc., e até esquema de pirâmides. Tudo bobagens, porque qualquer moeda serve perfeitamente bem para usos escusos. É uma questão de saber usá-la. Além disso, devemos lembrar que hoje adotamos muitas novidades tecnológicas, e que antes nem existiam. A Bitcoin sempre será estranha, suspeita ou até ameaçadora. Somente quando você decide encará-la e adotá-la é que verá que esta moeda é a coisa mais prática do mundo, e que traz muitas vantagens. E provavelmente vai “viciar-se” com ela.

As desvantagens que a moeda traz é que ela é altamente volátil (instável), justamente porque tem pouco tempo de uso, e seu valor depende da oferta e da demanda. Isto é, do humor do mercado e da confiança das pessoas. Se por um motivo qualquer, a maioria que compram essa criptomoeda deixassem de confiar nela, ela simplesmente despenca. Justamente por isso, praticamente as corretoras (exchanges) têm as opções e facilidades em transitar entre várias moedas convencionais: Dólar, Euro, Libra esterlina etc.; e outras criptomoedas emergentes: Litecoin, Etherium, Dashcoin etc. De modo que a qualquer momento você pode livrar-se das bitcoins, comprando essas moedas convencionais, ou outras criptomoedas.


Então quais são as vantagens de lidar com a Bitcoin?

  1. De imediato você pode receber e enviar o dinheiro de/e para qualquer lugar do mundo. Pense bem: Você tem um blog ou site qualquer, e queira receber doações. Nada melhor do que fazê-lo em bitcoins, livre de quaisquer barreiras territoriais.
  2. Para quem que envia, não vai ter de pagar taxas para terceiros. Nada de impostos e taxações absurdas. Exceto uma pequena taxa para as mineradoras, que efetuam as transações. Algo em torno de R$ 0,50 ou mais. E que é descontada automaticamente do montante enviado ou recebido. Você nem vai perceber. Nesse caso, convém que as doações não sejam menor do que R$ 2,00 (ou 0,60 euros).
  3. Abrir uma conta em uma corretora ou prestações de serviços voltados para Bitcoin é fácil. Talvez as únicas dificuldades sejam a de enviar as cópias de documentos, e ensinar as pessoas a usar essa criptomoeda. Razão porque este artigo está sendo escrito.
  4. Você não precisa dar satisfações para ninguém. Pois, o dinheiro é todo seu, livre de crises de qualquer tipo. E só você sabe quanto tem. Pois, ficará no anonimato.
  5. A qualquer momento você pode transferir esse dinheiro para o teu banco.


Recomendação interessante: Se você não quer arriscar-se, nem mesmo como poupança, trabalhe com pouca quantia de bitcoins, o necessário para compra ou venda de produtos ou serviços. E transfira o excesso para o teu banco de confiança, como dinheiro “convencional”.



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